quarta-feira, 9 de março de 2016

Maioria dos Planos Estaduais de Educação aprovados incluem referência à igualdade de gênero



Segundo levantamento da iniciativa De Olho nos Planos, dos 22 estados que sancionaram seus Planos, 13 incluíram menções à igualdade de gênero
Apesar de o Brasil ser um país laico, manifestações religiosas ocuparam o centro do debate sobre políticas públicas para a área educacional nos últimos dois anos. A polêmica que ganhou força nos momentos finais de tramitação dos Planos de Educação Nacional, Estaduais e Municipais se refere à inclusão ou não de metas relacionadas ao combate à discriminação e desigualdade de gênero.
De acordo com levantamento da iniciativa De Olho nos Planos, dos 22 estados que sancionaram seus Planos até janeiro deste ano, 13 incluíram menções à igualdade de gênero (Amazonas, Amapá, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Alagoas e Rio Grande do Norte).
Apesar de o estado do Rio Grande do Norte não incluir a palavra “gênero” em seu Plano, o levantamento considerou que o documento contém referência à igualdade de gênero. No texto há a determinação, por exemplo, de que os currículos escolares devem se estabelecer a partir da “perspectiva dos direitos humanos, adotando práticas de superação do racismo, do machismo, do sexismo, e de toda forma de preconceito, contribuindo para a efetivação de uma educação não discriminatória”.
Para o membro do Fórum Nacional de Educação (FNE), Toni Reis, uma das maneiras mais efetivas para reduzir a desigualdade e combater o preconceito é atuar por meio da educação formal para ensinar o respeito e a dignidade aos estudantes.
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“Há várias pesquisas que comprovam que a evasão escolar é causada também pelo preconceito, pela discriminação e pela violência, mais conhecidos como bullying. A pesquisa nacional Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, publicada em 2009, revelou que as atitudes discriminatórias mais elevadas se relacionam a gênero (38,2%); orientação sexual (26,1%)”, citou Toni, que também é secretário de educação da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT).
E é por isso que, segundo ele, “trabalhar o respeito a todos e todas, especificando as discriminações, contribui para que os estudantes tenham prazer de estar na escola e que esta seja um lugar seguro”.
O levantamento verificou, por outro lado, que nove estados não fizeram referência à igualdade de gênero em seus documentos já sancionados (Acre, Espírito Santo, Goiás, Pernambuco, Piauí, Paraná, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins). No que diz respeito a estes estados, de acordo com o membro do FNE, continua sendo possível e necessário trabalhar com a igualdade de gênero nas políticas educacionais ainda que não esteja previsto no Plano: “a Constituição diz claramente que uma das funções do Estado é combater todas as formas de preconceito. Ainda, um dos princípios da LDB [Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional] é o respeito à liberdade e apreço à tolerância”. (Leia também: O que fazer se a igualdade de gênero não tiver sido aprovada no Plano de Educação?)
O próprio Conselho Nacional de Educação (CNE), segundo Toni, já manifestou “preocupação com Planos de Educação que vem sendo elaborados por entes federativos brasileiros e que têm omitido, deliberadamente, fundamentos, metodologias e procedimentos em relação ao trato das questões relativas à diversidade cultural e de gênero”. De acordo com nota pública divulgada no dia 1º de setembro de 2015, o Conselho defendeu a revisão dos Planos Estaduais e Municipais de Educação que não possuam metas relacionadas ao combate à discriminação e desigualdade de gênero. (Clique aqui e veja mais informações)
Como principais desafios para a garantia da educação independente do gênero ou da orientação sexual de estudantes e profissionais da educação, Toni aponta a necessidade de efetivar três principais ações: implementar a educação sobre os temas dos direitos humanos e da diversidade na formação inicial e continuada oferecida por faculdades e universidades; disponibilizar material didático-pedagógico para auxiliar os profissionais de educação na abordagem destes temas; e realizar pesquisas para o monitoramento e avaliação desse trabalho.
Segundo a plataforma Planejando a Próxima Década, do Ministério da Educação, observa-se que cinco estados ainda não sancionaram seus Planos de Educação (Bahia, Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo). De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em junho de 2014, estados e municípios deveriam ter sancionado o documento até junho de 2015. Até o momento, 22 estados (81,5%) e 5462 municípios (98,06%) já sancionaram seus respectivos Planos de Educação.

Imagens: De Olho nos Planos
Reportagem: Gabriel Maia Salgado
Edição: Ananda Grinkraut
 

La familia es amor

El Grupo Dignidade -ONG desde Curitiba, Brasil- lleva adelante una campaña en defensa de la diversidad de las familias brasileñas. El hashtag #FamíliaéAmor tiene como meta visibilizar las diferentes posibilidades de tener una familia.

Conversamos con el reconocido activista, Toni Reis, director de la ONG y con Luis Fernando Pistori, secretario e integrante de la organización.

La campaña #FamiliaéAmor (http://www.familiaeamor.com.br/) tuvo inicio el día 8 de diciembre pasado, día Nacional de la Familia en Brasil y se dio en respuesta al Estatuto da Familia, un proyecto de ley que pretende delimitar la definición de familia a aquella constituida solamente por un hombre y una mujer. Esto representa una clara discriminación hacia las numerosas modalidades de familia ya existentes en el país suramericano.

El proyecto también desafía el texto mismo de la Constitución brasileña restringiendo la definición de familia aún más que la misma carta constitutiva del Brasil. La exclusión, de prosperar este proyecto, se daría no solo contra las uniones conformadas por parejas del mismo sexo -objetivos principales del proyecto- sino contra aquellas familias conformadas por madres o padres solteros u otras familias no nucleares. El Estatuto da Familia es impulsado por el presidente de la cámara de diputados, Eduardo Cunha, y un fuerte sector del poder legislativo que responde a instituciones religiosas ultraconservadoras.

No obstante, el Brasil ha declarado en sus leyes (por ej. Ley “Maria da Penha” 11.340/2006) el carácter diverso de la familia y su Constitución inclusive permite una lectura amplia. En el 2011, el Supremo Tribunal Federal (STF) ya había extendido la definición de familia a aquellas conformadas por parejas del mismo sexo.

Las respuestas al proyecto de ley conservador no se hicieron esperar. En el senado se encuentra otro proyecto denominado Estatuto das Familias, en plural, el cual no especifica el sexo de las personas que integran el núcleo familiar. Y se encuentra así mismo la campaña Familia é Amor que tiene como propósito echar luz sobre la diversidad de las familias brasileñas, sean estas homoparentales, heterosexuales, divorciadas, sin hijos, etc.


Democratizar la familia
El Grupo Dignidade, organización civil del estado de Paraná para la defensa de los DDHH de las personas LGBT, es la responsable de la campaña a nivel país. Su director ejecutivo, Toni Reis, junto con el presidente, David Harrad, constituyen la primera pareja gay que consiguió el derecho de casarse legalmente en Brasil. La pareja adoptó tres niños: Felipe (10), Jessica (12) y Alyson (15).

“Según el académico alemán Petzold, existen 196 tipos de familias. Nosotros somos un tipo de familia más. No existe un solo modelo de familia, aquel tradicional de hombre y mujer y niños. Existen muchas maneras de construir familias y nosotros somos una” nos explica Toni Reis (51) reconocido activista a nivel internacional por los derechos LGBT. “La familia es amor, son lazos. Las familias constituidas por abuelos-nietos, madre soltera-hijo, tíos-sobrinos son también familias y existen muchas otras. Definir familia de una sola manera discriminará a todas las otras construcciones de familias.” afirma Reis.

Toni asegura que él y su esposo David Harrad conforman una familia tradicional: “A nosotros nos gusta usar las alianzas, tenemos todos los papeles en regla, tenemos una casa, tenemos hijos que van a la escuela, vamos al consejo escolar, nuestros hijos son scouts. Nos vamos de picnic, también vamos al parque. Somos cristianos: yo soy católico y mi marido es anglicano. Somos una familia.”

En cuanto a la posibilidad de acoso escolar (bullying) a los niños de la pareja, Toni nos comenta: “Al matricular a los niños por primera vez en la escuela, nos presentamos a la dirección, al equipo pedagógico y a los profesores y dijimos 'nosotros somos gays y tenemos hijos y no aceptaremos la discriminación ni bullying ni prejuicio y si hubiera, vamos a procesar a la escuela'. Los niños hasta ahora no tuvieron problemas porque están fortalecidos emocional y psicológicamente.”

“Nosotros les enseñamos a decir a nuestros hijos, si encuentran alguna situación de discriminación,: 'nuestros padres son gays, ¿y qué?'. Siempre les decimos para contestar así: '¿y qué?, ¿algún problema?, ¿qué quieres?'”

“Nuestra familia es protagonista de nuestra historia: somos muy visibles. La visibilidad de nuestra situación hace que las personas nos respeten. El Ministerio Público, los jueces, los abogados, la prensa, todos saben nuestra situación.”

No estamos en contra de la familia. No estamos en contra de la familia tradicional. Nosotros estamos a favor del respeto a todos los tipos de familias. No queremos destruir la familia de los otros, nosotros queremos construir la nuestra. -Toni Reis

Toni finaliza en que es importante democratizar las palabras: “Las palabras dan mucho poder. Es importante no privatizarlas. Y 'familia' es una palabra muy fuerte así como 'Dios' u otros. Y en vez de privatizar diciendo por ejemplo 'Dios es mío', debemos decir 'Dios es de todos'. Tenemos que democratizar los conceptos”.

Cambiar la visión desde la sociedad
Luis Fernando Pistori, secretario de Salud y Educación de la ONG Grupo Dignidade, señala “Queremos cambiar la sociedad a partir de las búsquedas de Google. Queremos que, cada persona, al buscar en internet la palabra “familia” vea diferentes modelos de familia aparte del heterosexual”.

“Queremos mostrar a diferentes parejas: parejas gay y lesbianas, madres solteras, etc. Una parte del gobierno quiere ahora imponer qué es una familia” afirma el secretario del Grupo Dignidade. “Nuestro Estado es laico, es decir, está separado de toda religión” comenta Luis Fernando.

“Nuestro congreso tiene un fuerte componente conservador y es complicado para las personas LGBT hacer frente a esto. Por eso es que intentamos cambiar la visión de la sociedad primero. Si cambiamos la sociedad, la comunidad, podremos cambiar al gobierno.” nos explica el activista.

A futuro, la campaña tiene planeado extenderse por todo Brasil y, en algún momento, expandirse a América Latina entera.

La familia no es solo sangre. La familia es amor. Queremos mostrar que el amor está sobre todo. Una madre soltera con su hijo es una familia, los amigos son también familia. Todas las clases de familias son familia. -Luis Fernando Pistori

Las familias están constituidas por lazos diversos que superan toda orientación sexual, clase social e inclusive sangre. Y esta campaña tiene como propósito partir desde la realidad, reconociendo y respetando la diversidad ya existente en la sociedad, conformada no por un solo modelo de familia sino por varios tipos de familias.

Fotografía: NINJA y Natalia Godoy para MANGO Estudio.

Norma Flores Allende

Redactora, SOMOSGAY.


A comunidade LGBT no foco da discussão



“Todo debate acrescenta conhecimento, gera ações e cria iniciativas”. É com este propósito que o professor Toni Reis ministra uma palestra durante a segunda edição do SIM - Semana da Diversidade Sexual - que acontecerá em Araçatuba. Entre os temas abordados está o movimento LGBT no Brasil, abordando seus avanços e desafios. Segundo Toni, a violência contra a comunidade LGBT pode ser combatida através da denúncias, processos judiciais e repressão, mas principalmente, através da educação para o respeito à diversidade humana.
Mesclando relatos pessoais e apresentando dados e informações, a ênfase do encontro serão questões como a homofobia, transfobia e violência. Toni Reis é graduado em Letras, especialista em Sexualidade Humana, mestre em Filosofia e doutor em Educação. É secretário de Educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) e Diretor Executivo do Grupo Dignidade.
Em entrevista a EOnline, o professor compartilha seus conhecimentos sobre a comunidade LGBT, destacando o cenário político que nos encontramos atualmente. Ele também conta sobre como aconteceu o processo de adoção de seus três filhos.

EOnline: Quando começou a estudar a temática LGBT?
Toni Reis: Desde os 14 anos quando me assumi gay, comecei a ler a respeito. Sempre procurei me aprofundar no tema. No curso de letras, reuníamos informalmente em um pequeno grupo de pessoas para discutir o tema. Depois de formado, tive a oportunidade de morar quatro anos na Europa. De volta ao Brasil, em 1992 fundamos o Grupo Dignidade, o primeiro grupo paranaense LGBT. Fiz especialização em sexualidade humana e no mestrado me concentrei em ética e sexualidade. No doutorado focalizei na questão da homofobia e transfobia na educação e agora estou continuando meus estudos na mesma área no pós-doutorado. O que me motivou foi o sofrimento que passei dos 14 aos 21 anos de idade. Fui tratado como doente, pecador e "criminoso", por não ser hetero. Eu tenho lutado pelos direitos da população LGBT para que outras pessoas não passem pelo que eu passei só por causa de uma orientação sexual diferente da heteronorma.

EOnline: Como o movimento LGBT está sendo desenvolvido no Brasil? Quais os pontos positivos? E quais os negativos?
Toni Reis
: Em 1992 havia em torno 15 grupos LGBT em todo o Brasil. Hoje há mais de 400. Ou seja, houve um desenvolvimento relativamente rápido. Naquela época, não havia paradas LGBT, hoje há em torno de 250 eventos de visibilidade dentro da temática. Não existiam políticas públicas e nem um canal de diálogo com o governo. Hoje tem. Outro ponto positivo é que com o advento das mídias sociais, houve uma diversificação da militância, o que é positivo. O principal ponto negativo é o avanço concomitante do fundamentalismo religioso e a forma como trata as pessoas LGBT.

EOnline: Quais os desafios ainda precisam ser enfrentados pelo movimento?
Toni Reis:
 Os principais desafios são a apresentação de aprovação no Congresso Nacional de leis que promovam a proteção jurídica da população LGBT, em especial a criminalização da homofobia em pé de igualdade com o racismo, políticas públicas afirmativas no Executivo, bem como decisões favoráveis à cidadania das pessoas LGBT no Judiciário. A minha sugestão para este enfrentamento é muito trabalho para as pessoas LGBT, ampliando alianças com vários setores da sociedade. A união faz a força.

EOnline: A homofobia, transfobia e o preconceito ainda são muito frequentes em nossa sociedade. Por que você acredita que as pessoas utilizam a violência para resolver estas situações?
Toni Reis:
 Há várias pesquisas que demonstram a intolerância relativa à diversidade sexual. Por exemplo, a pesquisa “Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar” (2009) mostrou que 87,3% dos/das entrevistados/as consideram que têm atitudes preconceituosas em relação à orientação sexual dos outros. A pesquisa “Juventudes e Sexualidade” (2004) mostrou que 40% dos estudantes masculinos não gostariam de estudar na mesma sala de aula com um gay. De atitudes preconceituosas precisa apenas um pequeno passo até chegar à discriminação e à violência para atacar aquilo que é diferente do convencionalmente aceito. A violência sempre existiu, só que agora ela está mais explícita. Antes as pessoas ficavam caladas, hoje muitas denunciam. A violência pode ser combatida através da denúncia, processos judiciais, repressão e principalmente, através da educação para o respeito à diversidade humana.

EOnline: Como os políticos e autoridades tem tratado o movimento LGBT? Faltam políticas públicas nesta área?
Toni Reis:
 Em geral, nós temos conquistado muitos direitos, mas ainda há muito preconceito por parte de setores fundamentalistas ligados à igrejas que não têm conhecimento a respeito da diversidade sexual e que se utilizam da nossa vulnerabilidade para se promoverem com distorções, prejulgamentos e ofensas. Creio que faltam políticas públicas mais efetivas de promoção do respeito a todos e todas, com ênfase nas pessoas LGBT, mulheres, negros e negras, população de rua, indígenas, entre outras minorias sociológicas.

EOnline: Atualmente você é pai de três filhos. Como foi o processo de adoção deles? Ainda é um processo muito complicado?
Toni Reis:
 O processo de adoção foi bastante complicado, não a adoção e convivência com os filhos em si, mas os trâmites legais e burocráticos. Demos entrada em 2005 para adoção conjunta e só conseguimos adotar o primeiro filho em 2011/2012. Tivemos que ir até o Supremo Tribunal Federal (STF) para ter o direito de adoção garantido. Do início ao fim, levou 10 anos desde o pedido de qualificação para adoção em 2005 até a decisão final do STF em 2015. Graças ao reconhecimento da união estável homoafetiva em 2011 e graças a uma juíza sensibilizada em outra comarca que não a comarca em que iniciamos o processo, conseguimos adotar sem ter que aguardar a decisão final do STF.

EOnline: Como foi a reação dos seus filhos ao serem adotados?
Toni Reis: 
Todos ficaram felizes para terem novamente uma família, depois de terem sido separados de suas famílias biológicas e passarem por abrigos e famílias acolhedoras. O primeiro filho adquiriu vários preconceitos nos abrigos pelo qual passou, inclusive contra homossexuais. Então, precisou um período de ajuste até que ele percebeu que o que havia aprendido de ruim a respeito de gays não correspondia à realidade. Os outros dois filhos se adaptaram de forma muito tranquila. Temos um diálogo muito aberto entre nós e isso tem facilitado à adaptação.

EOnline: Como você se articula na luta pelo movimento LGBT?
Toni Reis:
 Antes mesmo de ir para a Europa, quando ainda estudante na UFPR, comecei a me aproximar do então chamado Movimento Homossexual Brasileiro (MHB). Na Europa o movimento LGBT estava muito mais avançado e aprendi muito. Voltei para o Brasil e fundamos o Grupo Dignidade. Já no primeiro estatuto uma das finalidades era organizar os grupos LGBT brasileiros em uma “confederação”. Sentíamos a necessidade de ter uma entidade LGBT nacional representativa que pudesse se articular com as instâncias federais, para que houvesse avanços com os direitos humanos de LGBT. Após um período de articulação em 1993 e 1994, foi fundada em Curitiba a ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. Eu fui o primeiro presidente da ABGLT e ocupei o cargo novamente entre 2007 e 2012. Na minha gestão a ABGLT ganhou status consultivo junto ao Conselho Econômico e Social (ECOSOC) das Nações Unidas, sendo a primeira organização LGBT do hemisfério sul a adquirir esse status. Hoje sou secretário de educação da ABGLT.

EOnline: O que emperra o debate LGBT no Brasil?
Toni Reis:
 Principalmente o fundamentalismo e o extremismo religioso e seus representantes nas casas legislativas.