domingo, 12 de fevereiro de 2017

Carta aberta de Toni Reis* à Taty Lozano

Carta aberta de Toni Reis* à Taty Lozano: a senhora deu a luz. Depois matou e queimou o filho. Isto tem uma palavra – ódio.
Família é para amar, proteger, cuidar, educar, dar limites. Aprendi com a minha querida e amada  mãe desde a tenra idade que o amor de mãe é o mais puro, profundo e incondicional. E durante a vida ela me provou isso. Quando aos 14 anos pedi ajuda a ela sobre minha homossexualidade, falei por ignorância “sou pecador, sou doente, sou fora da norma”, felizmente ela não me matou e nem me queimou. Ela não me julgou. Ela falou “se você acha que é isso, vamos procurar ajuda”. Já aos 27 anos, ela de forma categórica falou “filho, se é isso que você quer, se é isso que te faz feliz, vou perder minha aposentadoria e me caso com o David”. Ela se propôs a fazer isso para que o meu marido David, que é estrangeiro, pudesse permanecer no Brasil comigo. Na época, para ficar no Brasil, ele teria que casar com uma brasileira, porque ainda não se reconhecia a união estável homoafetiva para fins de concessão de visto permanente. Hoje eu e David temos três filhos, dois meninos de 16 e 11 anos e uma menina de 13. E por sermos pais, o caso do seu filho nos chocou ainda mais.
Seu filho adolescente Itaberly foi barbaramente esfaqueado e  morto  no dia 29 de dezembro de 2016, e achado com o corpo carbonizado no dia 07 de janeiro de 2017. Foi um crime bárbaro, desumano, pavoroso, monstruoso e horrendo. Eu poderia colocar muitos outros adjetivos, mas quem deve julgar é a justiça. A verdade está nas evidências e provas. Pelas notícias lidas, a senhora assassinou o próprio filho, com a ajuda de mais três pessoas. Não quero o mesmo para a senhora, embora no momento de forte emoção, pensei... Fiquei deveras abalado. Chorei e tive momentos de indignação profunda. Agora, semanas depois, com a notícia de que você teve a prisão preventiva decretada e que foi indiciada por homicídio e ocultação de cadáver, estou conseguindo recuperar minha racionalidade.
A vida de um adolescente de 17 anos foi sacrificada. Vi no Facebook dele https://www.facebook.com/itaberlly.ferreira, um post do dia 23/12 dizendo “Família em primeiro lugar. É o que há.”   Como toda família, pode haver divergências, discussões e até brigas, mas o que aconteceu com o adolescente é inaceitável e injustificável.
No seu Facebook https://www.facebook.com/thaty.morena.142, percebo que você é uma mãe religiosa, pois há várias citações da Bíblia, uma que você postou logo depois do assassinato “Porque Eu, o Senhor, teu Deus, te tomo pela tua mão direita e te digo; não temas, que Eu te ajudo. Is. 41:13.” .No dia do desaparecimento do seu filho, você postou a cantora gospel Aline Barros, cantando “Ressuscita-me.” E no dia 18 de dezembro, você postou “Meu advogado é o meu Senhor, Ele me defende do acusador. Minha causa entreguei em suas mãos. Posso descansar o meu coração.”
Isto prova, Taty, que você é uma pessoa religiosa, temente a Deus, e que crê na palavra. Você, como eu, cristãos, sabemos dos mandamentos da lei de Deus, em especial dois deles, “amar ao próximo como a ti mesmo”, e o quinto mandamento que diz “Não matarás”. O  que  aconteceu com  você ?  Perdeu esta página? 
O que aconteceu com Itaberly?  O adolescente assassinado já tinha registrado na delegacia queixa de homofobia por parte da família, inclusive com ameaças de morte. Foi assassinado a facadas, queimado e achado depois de 10 dias. Quanta crueldade. Quanto desamor. Quanta desumanidade. A tua defesa foi de que ele usava drogas. Será que é isso o tratamento que ele merecia?  Pelo que consta, outros familiares pensam ao  contrário e dizem que era um menino trabalhador, dedicado, estudioso e desmentiram o uso de drogas.
Foi um crime chocante e cruel. Todo assassinato é inaceitável, mas quando a mãe é a assassina, torna-se inconcebível.  Espero que você reflita sobre o que praticou, arrependa-se e que os “religiosos” repensem sobre a doutrinação que estão fazendo em relação à comunidade LGBTI. Esses “religiosos” não mataram seu filho, mas afiaram a faca do seu raciocínio manipulável e fraco ao ponto de levar à morte dele.
Não me interessa nenhuma religião cujos princípios não melhorem a vida humana e a convivência das pessoas. Que você pague pela lei divina e pela legislação brasileira pelo crime que cometeu.

*Toni Reis
Casado há 27 anos  com  David  Harrad  e  pai  de  três  filhos.
Pós-doutor em Educação
Membro Titular do Fórum Nacional, Estadual (Paraná) e Municipal (Curitiba) de Educação
Diretor-presidente  da  Aliança Nacional LGBTI
Secretário de Educação da ABGLT
Diretor de Relações Internacionais UNALGBT
Comitê Executivo da Rede Gaylatino
Diretor Executivo - Grupo Dignidade/CEPAC/IBDSEX/EPAD

sábado, 11 de fevereiro de 2017

Entrevista


http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2016/08/uma-questao-de-respeito.html

Toni escreveu

Em 17/08/2016 22:50, "Toni Reis" <tonireisctba@gmail.com> escreveu:

“Saímos do armário e por isso os conservadores nos atacam”

Toni Reis: “Saímos do armário e por isso os conservadores nos atacam”


  
Ao Portal VermelhoToni Reis comenta os desafios e avanços na luta por igualdade de direitos. Ele, que também participou da fundação da União Nacional LGBT (UNA-LGBT), avalia ser necessário olhar os avanços em um contexto histórico de perseguição aos direitos básicos.

“A primeira inclusão é a saída da população LGBT do armário, estamos em campo, por isso esse ataque. Se não tivéssemos assumido a causa, não estaríamos sendo atacados dessa forma. A imagem do fundamentalismo religioso e da direita raivosa é reflexo de conquistas sociais. Não tínhamos nem uma parada LGBT em 1995 e hoje são 200. Eram cinco ONGs que se multiplicaram para 450, além dos 70 grupos universitários que estudam a questão LGBT. Temos produção, discussão, 17 partidos políticos com núcleos LGBTs. Na Idade Média éramos queimados na fogueira e, até 1990, tratados como doentes. Nesse contexto, há avanços históricos”, afirma.


Toni Reis, seu companheiro David Harrad com quem é casado há 28 anos, e os três filhos de 11, 7 e 4 anos

“Temer tem alianças com Bolsonaro”

Ele considera que o golpe de Estado, orquestrado por setores da direita, será nocivo à população LGBT. “O grupo responsável pelo impeachment, liderado pelo presidente interino Michel Temer, reuniu-se com o pastor Malafaia, com a frente fundamentalista. Existem acordos subterrâneos para sancionar o Estatuto da Família, configurando um grande retrocesso. No governo da presidenta Dilma Rousseff, mesmo com parcerias com setores conservadores, a equipe dela era mais aberta ao diálogo e aos avanços”, considera Toni.

À respeito dos projetos de lei que tramitam no Congresso Nacional, Toni avalia que o mais nocivo aos direitos LGBT, se configura no Estatuto da Família, pois pretende definir como heterossexual a única forma válida de união. “Não queremos uma família patriarcal e machista, mas sim que respeita os negros, as mulheres. As pessoas precisam viver bem e com quem elas amam. Querem fazer famílias hipócritas? A vida é para ser vivida, isso não é um teatro”, enfatiza.

“Ideologia de gênero não é a degradação da família” 

Toni denuncia a propaganda da “ideologia de gênero” veiculada por grupos religiosos e partidos conservadores, afirmando que o debate sobre gênero nas escolas não é a indução à pedofilia e a sexualização precoce, como esses grupos reproduzem. “Eu não conheço nenhum gay, nenhuma lésbica que bate na casa das pessoas com um livro debaixo do braço, pregando ideologia de gênero e destruindo famílias, isso não existe. O que nós queremos é equidade, justiça e igualdade de direitos, há inclusive um consenso com os setores educacionais neste sentido.”

“É preciso parar de pregar para convertidos” 

Quando questionado sobre os mecanismos de enfrentamento à LGBTfobia, Toni disse ser necessária a amplitude para a conscientização. “É preciso parar de pregar para convertidos, vamos dialogar com todos os setores, nas universidades, com os partidos abertos ao debate e mostrar quais são as nossas pautas, abrindo o nosso leque de aliados. O movimento LGBT é muito representativo nas grandes capitais, precisamos aumentar a participação nas pequenas cidades, aumentando a nossa inserção”, concluiu. 

Ouça a íntegra da entrevista com Toni Reis: 
 

"Queremos direitos garantidos na Constituição Federal”


"Queremos direitos garantidos na Constituição Federal”
Toni Reis – Diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI

  
Toni Reis
Toni Reis é graduado em Letras pela Universidade Federal do Paraná, além de ser especialista em Sexualidade Humana pela Universidade Tuiuti também no Paraná, tendo formação em Dinâmica dos Grupos pela Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos. É Mestre de Filosofia na área de Ética e Sexualidade pela Universidade Gama Filho e Doutor em Educação pela Universidad de La Empresa (Montevidéu). Sua tese de doutorado é sobre homofobia nas escolas. Atualmente exerce o cargo de Secretário de Educação da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, e é Diretor-Executivo do Grupo Dignidade e do Instituto Brasileiro de Diversidade Sexual. É casado com o britânico David Harrad há 26 anos, sendo pai de Alyson, Jéssica e Felipe. Toni Reis tem um forte sentimento de busca pela justiça, e tem se dedicado à luta pela igualdade e pela cidadania plena de todos e todas, ganhando reconhecimento local, nacional e internacional como defensor dos Direitos Humanos e de uma educação de qualidade e emancipadora. Hoje Toni Reis é Diretor-presidente da Aliança Nacional LGBTI. “A academia está despertando para os Direitos Humanos e a cidadania. Hoje há 207 grupos acadêmicos discutindo Direitos Humanos, dos quais 78 incluem a discussão da diversidade sexual. Isto é bom”, afirma o ativista.

Toni, em que momento de sua vida você considera ter formado a consciência ativista que tem hoje?
Nasci e me criei no interior do estado do Paraná. Eu sofri muito dos 14 aos 21 anos. Tive homofobia internalizada muito grande, pela pressão da minha família, da minha religião, na minha escola, também pela minha ignorância. Eu mesmo procurei ajuda da família, procurei várias formas de me “curar” (medicina, religião, simpatias e tudo mais). Tive a possibilidade de vir morar em Curitiba. Formei-me em Letras pela Universidade Federal do Paraná, participei do movimento estudantil, de partido político. Tive contato com militantes LGBTI desde 1984, como o Professor Doutor Luiz Mott e o Dr. João Antonio Mascarenhas, entre outros, que me ensinaram muito. Tive a possibilidade de morar na Europa por quatro anos onde conheci o movimento LGBTI de lá, que na época estava bem mais avançado. Com as leituras e vivências fora da minha cultura me despertei para minha autonomia e para minha cidadania e criei a consciência de que quem não luta por direitos não os terá, infelizmente…

Você se formou e mudou-se para a Europa, morando em países como Espanha, França, Itália e Inglaterra. Como enxerga os Direitos Humanos nesses países, se compararmos com o Brasil?
Hoje tenho orgulho de ver que o Brasil tem evoluído muito. Claro tenho a consciência que precisamos melhorar ainda mais, principalmente no Legislativo. O Judiciário brasileiro é o maior orgulho, pela decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) quanto à união estável/casamento homoafetivo, que foi unânime em comparação com outros países. No Executivo tivemos avanços consideráveis. Precisamos de muito mais. Precisamos sempre estar fazendo o advocacy (incidência política) para a construção da nossa cidadania plena. Ainda não somos um país como Malta (o país do mundo que mais têm direitos iguais para a população LGBTI), mas também não somos um Irã. Vejo que alcançamos uns 60% dos nossos Direitos Humanos. Há pessoas aliadas, adversárias e não mobilizadas em todos os Governos. Precisamos de mais organização e profissionalização. Infelizmente nossos adversários estão muito organizados e dominam certas instituições.

Também sabemos que é um filósofo. Como acredita que a Filosofia pode ajudar a combater ou pelo menos conscientizar, os desmandos que acontecem contra àqueles que não têm uma voz ativa em nossa sociedade?
Tenho mestrado em Filosofia. Discuti na minha dissertação sobre ética e sexualidade. Aprendi muito com a Filosofia. A questão da lógica. Igualdade é para todos e todos sem exceção. Também gosto muito da dialética. Num debate na maioria das vezes temos uma tese e poderá haver uma antítese. Por isto é preciso o respeito para chegar a uma síntese. Gosto de conviver com pessoas que pensam diferentes, desde que me respeitem. Não precisam aceitar minhas opiniões. Peço apenas respeito.

Acredita que a academia, trata a causa LGBTI como algo menor?
A academia está despertando para os Direitos Humanos e a cidadania. Hoje há 207 grupos acadêmicos discutindo Direitos Humanos, dos quais 78 incluem a discussão da diversidade sexual. Isto é bom. A academia é o lócus para contrapor posições estigmatizantes e preconceituosas e colocar luz na discussão. Sou um entusiasta do Pacto Nacional Universitário pela Promoção do Respeito à Diversidade e da Cultura de Paz e Direitos Humanos. Um programa do Governo atual. Precisamos discutir sempre com respeito. E a academia tem o papel de questionar. Tenho participado mensalmente em bancas, seminários e eventos na academia. Gosto muito e incentivo. A academia pode trazer o fundamentalismo para a luz do saber.

E o tratamento dado pelo Governo, falha em que sentidos quando trata da causa LGBTI?
Nenhum Governo desde 1986 foi unânime sobre as questões LGBTI. Desde quando comecei até o momento atual, temos boas pessoas aliadas, temos adversários e a grande maioria é não mobilizada (que fazem à egípcia) quando se discute os nossos direitos LGBTI, por medo, insegurança ou por preconceito mesmo. Temos que ter diálogo com todas as pessoas em posições de poder. Eu só não conversaria com pessoas nazistas abertamente. Com fundamentalistas e conservadores, dialogar é fundamental e sempre há possibilidade de mudança.

Existe muita distorção dos objetivos da causa LGBTI nos grandes meios de comunicação?
Os meios de comunicação, em geral, são reflexos da sociedade. Os preconceitos e as discriminações são reflexos do que existem na sociedade. Cabe ao Movimento LGBTI contestar e procurar as instituições para melhorar, corrigir, capacitar e denunciar. Já melhorou muito. Porém alguns programas religiosos, policiais e humorísticos continuam pregando o estereótipo, quer dizer, a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. Os estereótipos são usados principalmente para definir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. Sua aceitação é ampla e culturalmente difundida no Ocidente, sendo um grande motivador de preconceito e discriminação.
Diversidade nas Escolas
Luta: O ativista Toni Reis fala sobre diversidade nas escolas (Foto: Agência FIEP)

Quem você acredita serem os grandes inimigos da causa LGBTI em nossa sociedade e por que tem a percepção que isso ocorre?
Na história há alguns ciclos: na Idade Média éramos queimados na fogueira pela Santa Madre Igreja, que achavam que ser LGBTI era um pecado mortal. Depois para não morrer nas fogueiras, fomos tratados como fora das normas e da lei e fomos encarcerados. No mundo ainda há 76 países que criminalizam a homossexualidade. Depois, para tirar as pessoas das cadeias, fomos tratados como doentes até dia 17 maio de 1990 quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) tirou a homossexualidade da Classificação Internacional das Doenças, código 302.0, que definia a homossexualidade como doença. Hoje infelizmente tem um povo que ainda está na Idade Média, outros na Idade Moderna e outros ainda nos tratam como doentes. Precisamos mudar isto que é cultural. Estas pessoas aprenderam a pensar assim. Precisam entender que todos nós temos uma orientação sexual e uma identidade de gênero e que não podemos nos enquadrar nesta cultura patriarcal, machista e heteronormativa. Resumindo, os maiores adversários são as pessoas fundamentalistas e pessoas heteronormativas que julgam que existe somente uma forma de viver o amor e a felicidade.

Quais os principais cuidados que um ativista da causa LGBTI deve ter, para não se tornar maior do que a causa que defende?
Creio que a humildade deve ser uma tônica, estudar… Temos que nos atualizar. O Movimento LGBTI mudou muito desde 1969 quando teve início na Rebelião de Stonewall [foi uma série de violentas manifestações espontâneas de membros da comunidade LGBT contra uma invasão da polícia de Nova York que aconteceu nas primeiras horas da manhã de 28 de junho de 1969, no bar Stonewall Inn, localizado no bairro de Greenwich Village, em Manhattan, em Nova York, nos Estados Unidos. Esses motins são amplamente considerados como o evento mais importante que levou ao movimento moderno de libertação gay e à luta pelos direitos LGBT no país]. Respeitar todas as formas de organização e posicionamentos ideológicos. Há pessoas em partidos políticos, outras não. Há pessoas que são anarquistas, ateus, religiosos, agnósticos e, enfim, devemos nos respeitar. Temos que ter planejamentos e análises coletivas, assim como ações concretas. Retóricas não mudam realidades. É preciso ter perseverança e determinação. As mudanças levam meses, anos e décadas, talvez uma geração. Como dizia Paulo Freire, temos que ter paciência histórica. O que eu pensava que mudaria em um ano mudou somente depois de 30 anos. Não podemos ser imediatistas e donos da verdade. Temos que escutar as pessoas e saber divergir com respeito. Ninguém é dono da verdade. Ela é relativa segundo as experiências e vivências de cada um.

Como você acredita que as políticas públicas para a comunidade LGBTI sairão do papel para uma ação concreta?
Muitas políticas já saíram do papel. Hoje podemos casar e adotar. Já se respeita o nome social em 83 Universidades Públicas e em algumas particulares. Precisamos saber denunciar os pontos fora da curva, que infelizmente ainda são muitos. E com tomadores (as) de decisões (com gestores (as) municipais, estaduais, distritais, nacionais e internacionais) temos que levar os problemas com evidências, pesquisas, dados e pelo menos duas soluções factíveis. Precisamos de organização, exercer o direito de fazer advocacy (incidência política) e accountability (responsabilização) das políticas convencionadas.

Ignorância, preconceito ou falta de amor, o que considera ter sido os fatores preponderantes, para o assassinato do jovem Itarbelly Lorenzo pela própria mãe?
assassinato de Itarbelly Lorenzo foi uma somatória de desumanidade – ninguém merece morrer (isto foi uma selvageria) -; fundamentalismo religioso; falta de amor. Foi um dos piores crimes que eu já vi. Fiquei dois dias muito chocado.

Qual o maior equívoco que as pessoas cometem quando analisam a sua luta pelos Direitos da comunidade LGBTI em nosso país?
Achar que queremos destruir a família tradicional e que queremos privilégios. Primeiro o que existe são vários tipos de famílias não uma só. E o que queremos são direitos garantidos na Constituição Federal e nas convenções internacionais. Queremos direitos iguais, nem menos, nem mais. Queremos ser felizes, como qualquer outro ser humano.
fonte   http://www.panoramamercantil.com.br/queremos-direitos-garantidos-na-constituicao-federal-toni-reis-diretor-presidente-da-alianca-nacional-lgbti/